Patrão que tomou carro que funcionária ganhou em sorteio é investigado por apoio ao tráfico internacional de drogas

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Empresário da Baixada Santista é suspeito de integrar organização criminosa com ramificações internacionais; defesa nega envolvimento com o tráfico e afirma que prisão foi abusiva; PF aponta envolvimento com tráfico internacional de drogas

Rodrigo Morgado, empresário com atuação destacada na região da Baixada Santista e dono da empresa Quadri Contabilidade, foi um dos alvos da Operação Narco Vela, uma megaoperação da Polícia Federal que desmantelou uma rede de tráfico internacional de drogas. Segundo a PF, Morgado teria dado suporte logístico e financeiro ao grupo criminoso responsável por enviar entorpecentes ao exterior por meio de embarcações.

A organização criminosa, baseada na Baixada Santista, cooptava pescadores e utilizava lanchas velozes para levar drogas até o alto-mar, onde o material era repassado para veleiros e barcos pesqueiros com rotas rumo à África e à Europa.

Prisão por porte ilegal de arma e soltura judicial

Rodrigo foi preso em flagrante após os agentes encontrarem uma pistola dentro de sua Lamborghini durante cumprimento de mandado em São Paulo. Em audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva. O juiz Antônio Balthazar de Mato alegou que o empresário apresentava risco à sociedade por estar envolvido em investigações de tráfico, ameaça e vias de fato.

Dias depois, a esposa de Rodrigo, a advogada Clara Ramos de Souza Morgado, obteve o alvará de soltura. A nova decisão do juiz Mens de Mello levou em conta o registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) do empresário, indicando que a posse da arma poderia não configurar crime, pendente de apuração no processo penal.

Mansão e bens de luxo foram alvos da operação

Durante a operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis de Morgado em Santos, Bertioga e São Paulo. Vídeos divulgados nas redes e pela imprensa mostram a mansão de luxo do empresário, além de uma frota de veículos de alto padrão, incluindo uma Lamborghini — símbolo de um estilo de vida ostentador.

Defesa nega acusações e aponta “perseguição por sucesso”

Clara Morgado, esposa e advogada do empresário, nega qualquer ligação dele com o tráfico internacional. Em entrevista, afirmou que Rodrigo foi alvo da investigação “por ser um empresário bem-sucedido”. Ela reforçou que a inocência será comprovada durante a fase de instrução criminal, momento em que o Judiciário analisa as provas do processo.

Como funcionava o esquema de tráfico segundo a PF

  • Base operacional: Baixada Santista
  • Perfil dos envolvidos: Pescadores locais com experiência marítima
  • Meio de transporte: Lanchas rápidas, veleiros e barcos pesqueiros
  • Tecnologia: Rastreadores por satélite
  • Destino da droga: Europa e África (Ilhas Canárias incluídas)
  • Transbordo: A droga era transferida no alto-mar para embarcações maiores
  • Participação estrangeira: EUA, Itália, Paraguai e Espanha (Guarda Civil contribuiu com provas)

Histórico de polêmicas envolvendo Rodrigo Morgado

Antes de ser investigado pela PF, Rodrigo já havia ganhado repercussão negativa por outro motivo: promoveu o sorteio de um carro durante uma festa da empresa, mas retomou o prêmio da funcionária vencedora alegando descumprimento do regulamento. A funcionária foi demitida, mas depois firmou acordo judicial com o empresário.

O que diz a Polícia Federal

O delegado federal Osvaldo Scalezi Júnior afirmou que a organização agia de forma estruturada e internacional. Segundo ele, os envolvidos no esquema já tinham expertise no tráfico de drogas por via marítima e cooptavam pescadores com promessas de altos ganhos.

“Eram cooptados com promessas de valores altos. As drogas eram armazenadas em pontos terrestres no litoral e depois enviadas ao alto-mar por lanchas. Lá, eram transferidas para grandes embarcações, como veleiros, que faziam a travessia oceânica”, detalhou o delegado.

Caso ainda em andamento e repercussão nacional

Rodrigo Morgado segue em liberdade, mas continua como alvo de investigação federal. O caso chama atenção não apenas pelo envolvimento de um empresário da elite regional, mas também pela sofisticação do esquema criminoso internacional.

A Operação Narco Vela segue como uma das maiores ofensivas da Polícia Federal contra o tráfico de drogas por rotas marítimas — e revela, mais uma vez, o papel estratégico da Baixada Santista como entreposto logístico do narcotráfico internacional.

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